sweet sixteen



Estou a menos de 24h de completar 16 anos. Decidi regressar ao meu cantinho, depois de vários dias sem dar notícias, sem mostrar o que realmente sinto a todos vocês que lêem as minhas passagens e a todos os que fazem parte da minha vida ou que foram meros passageiros nela. Estou exausta, triste, magoada, sentida, destroçada. Estou... sei lá. Não sei como descrever o que vai de tão ruim dentro de mim. Não encontro um único sentimento bom cá dentro. Este, e outros como ele, foram como que levados à força e sugados pelas cruéis nuances que completaram a última fase da minha vida. Tudo aconteceu num ápice, sem soltar um único grito, sem dar um único sinal que anunciasse a sua chegada. E do nada, apareceu. E desse tão pouco, tornou-se tudo. E esse tudo, tornou-me ninguém. 
Eu era uma menina feliz, nunca me faltou nada, tinha tudo o que me era alcançável ter. Nunca fui de exigir mais do que o que tinham para me dar. Sempre me contentei com o que possuía, ainda que fosse pouco. Era alguém simples, e esta virtude combinada com a minha inocência faziam de mim alguém diferente, especial. Tive vários momentos difíceis que soube encarar, várias vezes fui obrigada a despir a minha imagem angelical e tornar-me adulta sem o ser. A minha vida não foi deveras um conto de fadas. Ainda assim, cresci como uma criança normal e feliz. Era adorada e querida por todos. Marcava pela minha suave exuberância. Tinha algo que não estava aos olhos de todos mas que cativava quem estivesse à minha volta. O que tinha vinha de dentro, era um sentimento que a muitos fascinava. A minha compaixão.  Era feliz por natureza, via beleza em todos os recantos e focava a atenção no que estava à minha volta. Eu era uma pessoa doce, viva, contagiante. Até ao dia em que alguém chegou e prometeu fazer-me a pessoa mais feliz do mundo. Confiava nas pessoas sem questionar. Acreditei. Daí advieram dias temerosos, choros sufocantes, ilusões e desilusões, e uma notável tristeza sem fim. Acomodei-me. Voltou a doer. As memórias voltaram, remoíam por dentro. Dei uma segunda chance. Fui realmente feliz, como nunca pensara ser. Ainda o sou, em parte. A natureza, o misterioso, as pessoas, o que me rodeia deixou de captar a minha atenção. Centrava-me somente nele. Afastei tudo e todos de mim. Criei uma enorme barreira entre quem fui e quem era. Tornei-me uma pessoa horrível mas aproximava-me da perfeição aos olhos dele. Estava feliz porém triste. Sozinha. Dependia apenas dele. Afastei a minha família, amigos, pessoas que se importavam comigo. E agora o que me resta são estas palavras que vos deixo, refugio-me desta forma. Estou perdida. Cheguei ao ponto de perder quem menos queria. A minha mãe mostra ódio por mim a cada dia que passa. Sinto a indiferença no olhar dela, a frieza, a dor da desilusão. Não sou a sua pequena nunca mais. Não sei quem sou. Não tenho alma. Não tenho coração. Não tenho amor próprio. Vivo somente dependente da existência dele. Estou presa a este amor. E quando me libertar dele, poderei descobrir novamente de onde venho, o que deveras sinto, conhecer-me e perceber o que estou a fazer com a minha própria vida. Amo-o. Não sei como este sentimento bom se tornou em algo tão cruel para mim. Pudesse eu parar a vida um passo atrás. 

7 comentários:

  1. secalhar viver na dependencia de outra pessoa não é a melhor opção, pois isso trouxe-te tantas consequências e tão penosas que se calhar dverias ver as prioridades das pessoas, sendo que para viveres esse amor te afastas-te da tua familia e principalmente da tua mãe...

    Muitas felicidades e que tenhas uns bons 16 anos :)

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  2. Olá, mudei de blog, caso queiras continuar a seguir-me, estou por aqui: http://flores-delotus.blogspot.pt/
    (apaga este comentário sff)

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  3. Talvez não seja necessário parar a vida um passo atrás. Se calhar basta uma pequena correção de trajectória, adaptares a vida que tens agora, à vida que sempre te rodeou.
    O amor não pode ser o fim da felicidade. Pelo contrário: deve ser a continuação da felicidade. xD

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  4. Eu preciso... eu preciso de ti. Preciso do teu amor e da tua companhia..
    Só consigo pensar em ti enquanto escrevo isto. Os dedos dançam pelo teclado como se o meu sentimento por ti já estivesse à muito programado pelo destino e como se até os próprios dedos já soubessem o infinito sentimento que tenho por ti. Talvez sim, talvez os nossos destinos quererão encontrar-se e não mais largar-se... talvez...
    Estou farto, canso-me e volto a cansar-me. é difícil saber que o nosso momento vai existir mas não sei quando chegará. Mas a certeza da tua existência mata-me a sede de ansiedade por te ver.
    A ti, ser inexistente, prometo-te a minha entrega, as minhas lágrimas, a minha vida. Dizem que nunca vais existir, mas eu acredito que sim. O meu amor ganha vantagem sobre a minha razão, os meus sentimentos falam mais alto e é então que a minha ingenuidade é incendiada pela tua beleza, pelos teus lábios, teus cabelos, teu sorriso, o "teu" todo...
    Anseio pelo nosso momento, e ao mesmo tempo não, com medo que todo esta espera tenha sido em vão. Não existes mas eu acredito em ti. Acredito que um dia vais contra mim numa calçada qualquer, e nem vou reparar que és tu. Só quando te dirigir os meus olhos é que vou ficar calado sem saber o que dizer. Os meus olhos vão paralisar, para que reconheçam cada traço do teu rosto branco, fino e de ar tão sensível, afinal de contas eles esperaram uma vida para isso. O meu coração vai bater a mil à hora, e a primeira palavra vai soltar-se como quando um pássaro sai do ninho pela primeira vez, inesperadamente. E tu, nada mais vais fazer do que esboçares o teu sorriso, que vai quebrar palavras, gestos e emoções. é com esse sorriso que eu sonhei a vida toda e é num momento inútil do meu quotidiano em que eu estou vestido normalmente,e sou apanhado pela armadilha do destino, que me vais fazer acreditar que toda a minha crença não foi em vão. Vou ficar sem saber o que dizer por momentos, mas de seguida falarei qualquer coisa, com medo que tu própria consigas ouvir o bater do meu coração, que bate e bate com energia inesgotável. E aí vou perceber o quanto eras desejada por me e pelo meu coração.Vou perceber que não fui só eu quem esperou por aquele momento, afinal o meu coração também esperou todos os seus dias, todos os seus batimentos imparáveis, só para sentir o teu corpo naquela calçada tantas vezes passada por mim, e nunca imaginada como sítio onde te ia encontrar. Vou perder os meus medos e dizer: "És tu! Estás mesmo aqui!" E aí ouço pela primeira vez a tua voz. Nem me vou acreditar que te tenho mesmo à minha frente e que te ouço. ouço-te como o piano mais sensível consegue ouvir a nota mais aguda, como um surdo espera a vida toda para ouvir, nem que seja uma única onde sonora. " Não sei o que queres dizer com isso ", dirás tu um pouco consfusa. "és tu...por quem eu esperei toda a minha vida" vai ser a minha resposta, inundada de medos e receios de mais um tempo a viver de rejeições.Vais perceber que afinal eu estou mesmo ali, e que tu também esperaste todo o tempo do mundo por aquele nosso encontro. Apercebo-me então que ambos sabíamos da nossa existência, mesmo sem nunca nos ter-mos visto. Tu tiveste o mesmo sonho que eu, e ele foi realizado, através de um simples toque, fruto das nossas distrações. Todos os que gozaram comigo, só por ter esperado por alguém como tu, vão calar-se e renderem-se a mim, a ti, a nós. Tenho mesmo a certeza que vais aparecer, é como já sentisse a tua presença, mesmo sabendo que posso estar a anos de te encontrar. Acredita em mim, está reservado para nós um futuro brilhante. O destino decidiu reservar-nos isso, e eu estarei mais que pronto quando for a altura disso, á me preparei há muito tempo para isso. Espero por ti, ser perfeito...


    escrtiro por: SOI

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  5. faz destes 16 anos uma nova etapa, muda. Mostra a menina que és! Mostra que continuas a ser a menina de quem te adora como és.

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